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Desejo, apesar de não conseguir devido a uma natureza inferior adquirida, a ouvir. Sinto-me numa prisão interna. Será que é ignorância craça sobre minha natureza genuína, falta de amor próprio, ou loucura? Sinto que eu preciso proteger o que eu tenho de maior valor. Algo que é criativo, serviu e espontâneo. Sei que é do mais puro sentimento, que por misericórdia do mestre descobri que vem da alma, e que no caminho até a superfície se contamina. Preciso ser orientado a canalizar isso. Urgentemente! Pois acredito sim, que sentimento sem conhecimento é sentimentalismo. Sentimentalista, só de pensar que estou assim, me dá calafrios e sinto vergonha de mim mesmo. Ando num desgaste emocional, que ofusca minha verdadeira visão. Isso não é prático, e o que eu mais desejo é ser prático, nem quero ser feliz, quero ser prático. Não quero dar tempo para a felicidade ou dor, quero é me ocupar em servir para algum coisa útil. A mente e o ego falso podem até não acompanhar o rítmo desse desejo, mas o rítimo em que ando é no compasso do coração, pois é lá que eu moro, e dirigo nos trancos e barrancos essa máquina estranha. Pode até parecer sentimentalismo, talvez até seja. Mas aqui, agora, posso, preciso e devo falar, que esse compasso acelerado dever ser Nityananda querendo tocar nessa mridanga desafinada que é o meu coração. Quero de uma vez por todas crescer como homem e espírito. Hoje não consigo desasociar paciência de pro-atividade, entusiasmos de auto-estima e auto conhecimento, e determinação de amor. Agora, o que é o amor? Mestre, me fale mais sobre isso. Preciso aprender. Mas por favor, fale de longe para eu não lhe ofender com essa minha máquina estranha.
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